quinta-feira, 24 de julho de 2014

O PREÇO DA LIBERDADE - PARTE II

O PREÇO DA LIBERDADE - PARTE II



Em nosso último texto procuramos dar uma idéia do quanto o humano se protege para não se defrontar com as suas questões internas e externas, sejam elas, simples ou complexas, e que habitam os seus três níveis de consciência.
Ao adotar esta postura ele se boicota de maneira significativa no desenvolvimento e aprimoramento de uma melhor consciência consigo mesmo, com o seu semelhante e com a  realidade que o cerca. De alguma maneira esse procedimento já esta aceito como veia comum de movimentação em cada um de nós, criamos barreiras consistentes na defesa de nossa psique, embora estas sejam fruto em muitas vezes de um processo inconsciente.


Mas, consciente ou inconscientemente ele acontece, pois nós o geramos e a cada nova exposição na qual a personalidade se expõe la estamos nós, devidamente armados com as defesas e fugas que invariavelmente se repetem nestas situações.
Desta forma é muito comum observarmos pessoas que geram manifestações polarizadas. Algumas são extremamente introvertidas, tímidas, limitadas, dependentes, outras; extrovertidas, exageradas, inconvenientes e muitas ainda viajam de um pólo a outro nestes comportamentos, a situação instalada é que vai determinar como a personalidade se posicionará.


Mas por que isto acontece?
Certamente vamos encontrar muitas respostas, e cada uma delas se aplicará ao individuo de acordo com as suas características pessoais, mas, acredito que o ponto de partida para todas elas seja o mesmo, comum a todo o humano, mas cada personalidade lida com ele a sua maneira, ou diria ainda, de acordo com a capacidade de seu aparelho psíquico.
O ponto de partida ao qual me refiro são os traumas, muitos deles gerados ainda na precocidade de nossa existência. Na infância e na adolescência nos defrontamos com nossos primeiros desafios na vida e obviamente não estamos preparados para lidar com eles. Nossos pais não fizeram nenhum “cursinho” para serem pais, vão aprender no desenvolvimento da paternidade a serem pai e mãe, e como todo o aprendizado esta sujeito a acertos e a erros, e assim nós também o faremos em relação aos nossos filhos, e eles aos nossos netos.


Pois bem, mas o que é um trauma?
A palavra trauma é oriunda do grego (tráuma), o que significa ferida.
O trauma psíquico pode ser observado quando um indivíduo, após algum choque emocional violento, passa a modificar sua personalidade, sensibilizando-a em relação a emoções da mesma natureza e podendo desencadear problemas psíquicos ao ponto de transtornar sua capacidade de relação individual e social.
Ao trazer esta definição de maneira simplificada, podemos nos centrar em duas expressões significativas. A primeira, a própria identificação de trauma como “ferida”, ou seja, algo que machucou e a segunda, “choque emocional violento”, esta, identifica um abalo significativo causado no individuo por alguma experiência vivenciada por ele de maneira desequilibrada.


Diante deste entendimento podemos então concluir que ao longo de nossa vida estamos sujeito a viver muitas situações que se enquadram neste cenário de choque emocional produzido contra a nossa personalidade. Bem, imaginemos então que tenhamos experimentado em 10, 15 ou 70 encarnações neste planeta, vejam quanta possibilidade de termos nos colocado em situações traumáticas ao longo destas existências, quanta dor, medos, violência, abandonos, rejeições tivemos que vivenciar.
Sem dúvida, devemos ter um histórico muito rico e variado em experiências positivas e negativas vividas nesta nossa jornada terrena. Hoje mesmo, se olharmos para a nossa vida, quanta experiência foi desenvolvida, quanto conteúdo disponível para o nosso aprimoramento. Certamente se olharmos por este prisma o ser humano pode ser um privilegiado no universo por dispor deste manancial de possibilidades que o capacita a burilar sua personalidade/alma ao criar o seu próprio processo evolutivo.


Hoje temos um aprimoramento tecnológico frenético, que promove com uma velocidade assustadora novos recursos colocados a disposição do homem, para que este se veja diante dos fatos e informações de uma maneira instantânea como jamais acontecerá em nosso planeta em outros momentos da nossa sociedade.
Abastecidos a todo o momento por novos conhecimentos e informações fica mais fácil tomar consciência de novos conceitos, paradigmas e teorias que vem se somar aos já existentes em nossa personalidade.
Tenho tomado contato com  muitos textos, canalizações e métodos que asseguram em seus conteúdos que não cabe mais ao ser humano olhar para trás em seu passado. Dizem estes conteúdos, que aquilo que ficou no passado não deve ser mais lembrado, trabalhado e compreendido. Afirmam ainda, que devemos olhar para o presente e construirmos nosso futuro para que ele seja melhor do que aquele passado que deve ser abandonado e esquecido.


Pois bem, me pergunto e faço esta pergunta com todo o respeito, as pessoas que comungam do pensamento acima exposto, ops, já estava cometendo uma grave falha, sim, eu estava esquecendo os espíritos que transmitem aos seus canais aqui na terra estas mensagens com estes conteúdos, tenham a certeza de que eu também os respeito. Agora sim, esta completo o cenário e acredito não ter esquecido de ninguém.


VAMOS À PERGUNTA ENTÃO:


A quem interessa a construção e a sustentação desta MENTIRA? Sim, porque isto é uma MENTIRA!

Como pode ser afirmado por tantos, que o passado e suas experiências desequilibradas devem ser literalmente abandonados?

Como podem afirmar que somente o presente e o futuro deve ser o ponto de atenção que o humano deve se centrar? Como?

Que interesses ESCUSOS estão por trás destas afirmações?


Perdoem-me, não era apenas uma pergunta, e tenham a certeza de que também não se resumem a estas acima construídas, existem outras.


Sou por natureza um questionador, não perdi com o tempo a virtude que toda a criança tem em seus primeiros anos de vida. Quem nunca teve um filho, neto ou contato com alguma criança e não tenha percebido que elas querem saber o “porque de tudo”. E isto se expressa de maneira mais clara ainda com as crianças que estão nascendo agora, pois estas, já não aceitam qualquer resposta e quando se sentem insatisfeitas pela resposta incompleta, persistem com mais veemência em seus questionamentos.


Você já parou para pensar porque deixou de perguntar?

Porque você passou a aceitar simplesmente aquilo que lhe é falado sem exercer o direito da duvida?

Estes direito e virtude tem que ser resgatados, agora e não no amanhã.


Retornando a mentira que afirma que devemos nos ocupar do presente e futuro, abandonando o passado, necessito lhes fazer algumas considerações para que possamos seguir adiante.
Vamos estabelecer duas convenções para tornar mais fácil a compreensão das considerações abaixo.

- ENERGIA = Pensamentos, Sentimentos, Emoções, Verbos e Atitudes

- FONTE = Consciência, Personalidade, Ser Humano


CONSIDERAÇÕES :


1ª – Absolutamente tudo no universo é energia;

2ª – Toda a energia depois de criada não morre, o que pode acontecer com ela é ser transformada, transmutada;

3ª – Toda a energia gerada por uma fonte estará para sempre ligada àquela fonte que a gerou;

4ª – A proximidade e a influência que a energia gerada no passado exercera sobre a fonte esta na relação direta da frequência vibratória manifestada pela fonte no agora, ou seja, se a fonte voltar a vibrar na mesma qualidade da energia já anteriormente gerada, isto a sintonizara novamente com a energia gerado no passado viabilizando desta forma acesso mútuo;

5ª- Uma energia haverá sempre de se sintonizar com energias similares que vibram no plano astral e que são geradas por varias fontes e este fato tornara a energia potencializada, em outros termos, mais forte;

6ª- Uma energia gerada por uma fonte vai se instalar na aura desta fonte que a gerou, alimentando-se energeticamente da mesma;

7ª- Quando uma pessoa (fonte) sofre um trauma (energia) muito doloroso, são formadas manchas escuras no corpo áurico daquela fonte;

8ª- Toda energia é assimilada na forma de programação que fica armazenada em nosso subconsciente e inconsciente e vai sendo incorporada em nossas células permanentes como uma nova programação;

9ª- Células permanentes são aquelas células que independente da morte de nosso corpo físico, elas mantém a informação de quem somos e o que somos agregadas das novas informações que são adicionadas pelas experiências que temos em cada uma de nossas vivências como ser humano.


Compreendido o acima exposto, retorno as mesmas perguntas:


A quem interessa a construção e a sustentação desta MENTIRA? Sim, porque isto é uma MENTIRA.

Como pode ser afirmado por tantos, que o passado e suas experiências devem ser literalmente abandonadas?

Como podem afirmar que somente o presente e o futuro deve ser o ponto de atenção que o humano deve se centrar? Como?

Que interesses ESCUSOS estão por trás destas afirmações?


Quando passamos a entender que tudo no universo é energia, e que a energia não morre, ela pode apenas ser transformada, requalificada, fica muito difícil de aceitar a proposta de esquecimento que é sugerida em canalizações, textos, métodos e outros.
Quando geramos uma energia mal qualificada não nos resta alternativa se não cuidarmos dela e a curarmos através do entendimento, aceitação, perdão e cura das freqüências nas quais ela foi gerada. Somente a partir deste ponto é que podemos dizer que estamos livres de determinada energia (trauma). Não podemos perder de foco a compreensão que a energia que geramos nada mais é do que um determinado nível de consciência no qual vibrávamos e estávamos imersos, totalmente envolvidos.


AS PERGUNTAS


Diante da extrema necessidade de alcançar respostas, cada um deve se permitir pensar, discernir e construir em um primeiro momento hipóteses que colaborem no equacionamento das dúvidas que povoam sua mente e seu coração.  Neste processo não nos é dado o direito de agirmos exclusivamente com o coração, temos e devemos nos servir de nossa mente racional para que sejam consistentes as divagações que se seguirão aos questionamentos. O caminho é árduo, perigoso e diria até insalubre, também teremos muitas desilusões devido a crenças que detínhamos como verdades e as perceberemos a partir de um dado momento como falsas e fruto da ilusão, mas isto  é a vida.
Só pode viver a vida quem tem coragem para percorrer os caminhos da duvida, da incerteza e do próprio abandono no qual em muitos momentos nos sentiremos, como se não houvesse companhia fiel junto a nós.



Ficamos por aqui neste momento, e em nosso próximo encontro estaremos nos defrontando com as perguntas que necessitam de respostas, mas isto não significa que estarão totalmente satisfeitas quando respondidas, apenas nos assegurarão a condição de seguirmos adiante, onde outras e mais outras se colocarão em nosso caminho para testarem nossa coragem e determinação na conquista de nossa tão sonhada LIBERDADE.

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