Em nosso último texto procuramos
dar uma idéia do quanto o humano se protege para não se defrontar com as suas
questões internas e externas, sejam elas, simples ou complexas, e que habitam
os seus três níveis de consciência.
Ao adotar esta postura ele se
boicota de maneira significativa no desenvolvimento e aprimoramento de uma
melhor consciência consigo mesmo, com o seu semelhante e com a realidade que o cerca. De alguma
maneira esse procedimento já esta aceito como veia comum de movimentação em
cada um de nós, criamos barreiras consistentes na defesa de nossa psique,
embora estas sejam fruto em muitas vezes de um processo inconsciente.
Mas, consciente ou
inconscientemente ele acontece, pois nós o geramos e a cada nova exposição na
qual a personalidade se expõe la estamos nós, devidamente armados com as
defesas e fugas que invariavelmente se repetem nestas situações.
Desta forma é muito comum
observarmos pessoas que geram manifestações polarizadas. Algumas são
extremamente introvertidas, tímidas, limitadas, dependentes, outras;
extrovertidas, exageradas, inconvenientes e muitas ainda viajam de um pólo a
outro nestes comportamentos, a situação instalada é que vai determinar como a
personalidade se posicionará.
Mas por que isto acontece?
Certamente vamos encontrar muitas
respostas, e cada uma delas se aplicará ao individuo de acordo com as suas
características pessoais, mas, acredito que o ponto de partida para todas elas
seja o mesmo, comum a todo o humano, mas cada personalidade lida com ele a sua
maneira, ou diria ainda, de acordo com a capacidade de seu aparelho psíquico.
O ponto de partida ao qual me
refiro são os traumas, muitos deles gerados ainda na precocidade de nossa
existência. Na infância e na adolescência nos defrontamos com nossos primeiros
desafios na vida e obviamente não estamos preparados para lidar com eles.
Nossos pais não fizeram nenhum “cursinho” para serem pais, vão aprender no
desenvolvimento da paternidade a serem pai e mãe, e como todo o aprendizado
esta sujeito a acertos e a erros, e assim nós também o faremos em relação aos
nossos filhos, e eles aos nossos netos.
Pois bem, mas o que é um trauma?
A palavra trauma é oriunda do
grego (tráuma), o que significa ferida.
O trauma psíquico pode ser
observado quando um indivíduo, após algum choque emocional violento, passa a
modificar sua personalidade, sensibilizando-a em relação a emoções da mesma
natureza e podendo desencadear problemas psíquicos ao ponto de transtornar sua
capacidade de relação individual e social.
Ao trazer esta definição de
maneira simplificada, podemos nos centrar em duas expressões significativas. A
primeira, a própria identificação de trauma como “ferida”, ou seja, algo que
machucou e a segunda, “choque emocional violento”, esta, identifica um abalo
significativo causado no individuo por alguma experiência vivenciada por ele de
maneira desequilibrada.
Diante deste entendimento podemos
então concluir que ao longo de nossa vida estamos sujeito a viver muitas
situações que se enquadram neste cenário de choque emocional produzido contra a
nossa personalidade. Bem, imaginemos então que tenhamos experimentado em 10, 15
ou 70 encarnações neste planeta, vejam quanta possibilidade de termos nos
colocado em situações traumáticas ao longo destas existências, quanta dor,
medos, violência, abandonos, rejeições tivemos que vivenciar.
Sem dúvida, devemos ter um histórico
muito rico e variado em experiências positivas e negativas vividas nesta nossa
jornada terrena. Hoje mesmo, se olharmos para a nossa vida, quanta experiência
foi desenvolvida, quanto conteúdo disponível para o nosso aprimoramento.
Certamente se olharmos por este prisma o ser humano pode ser um privilegiado no
universo por dispor deste manancial de possibilidades que o capacita a burilar
sua personalidade/alma ao criar o seu próprio processo evolutivo.
Hoje temos um aprimoramento
tecnológico frenético, que promove com uma velocidade assustadora novos
recursos colocados a disposição do homem, para que este se veja diante dos
fatos e informações de uma maneira instantânea como jamais acontecerá em nosso
planeta em outros momentos da nossa sociedade.
Abastecidos a todo o momento por
novos conhecimentos e informações fica mais fácil tomar consciência de novos
conceitos, paradigmas e teorias que vem se somar aos já existentes em nossa
personalidade.
Tenho tomado contato com muitos textos, canalizações e
métodos que asseguram em seus conteúdos que não cabe mais ao ser humano olhar
para trás em seu passado. Dizem estes conteúdos, que aquilo que ficou no
passado não deve ser mais lembrado, trabalhado e compreendido. Afirmam ainda,
que devemos olhar para o presente e construirmos nosso futuro para que ele seja
melhor do que aquele passado que deve ser abandonado e esquecido.
Pois bem, me pergunto e faço esta
pergunta com todo o respeito, as pessoas que comungam do pensamento acima
exposto, ops, já estava cometendo uma grave falha, sim, eu estava esquecendo os
espíritos que transmitem aos seus canais aqui na terra estas mensagens com
estes conteúdos, tenham a certeza de que eu também os respeito. Agora sim, esta
completo o cenário e acredito não ter esquecido de ninguém.
VAMOS À PERGUNTA ENTÃO:
A quem interessa a construção e a
sustentação desta MENTIRA? Sim, porque isto é uma MENTIRA!
Como pode ser afirmado por tantos,
que o passado e suas experiências desequilibradas devem ser literalmente
abandonados?
Como podem afirmar que somente o
presente e o futuro deve ser o ponto de atenção que o humano deve se centrar?
Como?
Que interesses ESCUSOS estão por
trás destas afirmações?
Perdoem-me, não era apenas uma
pergunta, e tenham a certeza de que também não se resumem a estas acima
construídas, existem outras.
Sou por natureza um questionador,
não perdi com o tempo a virtude que toda a criança tem em seus primeiros anos
de vida. Quem nunca teve um filho, neto ou contato com alguma criança e não
tenha percebido que elas querem saber o “porque de tudo”. E isto se expressa de
maneira mais clara ainda com as crianças que estão nascendo agora, pois estas,
já não aceitam qualquer resposta e quando se sentem insatisfeitas pela resposta
incompleta, persistem com mais veemência em seus questionamentos.
Você já parou para pensar porque
deixou de perguntar?
Porque você passou a aceitar simplesmente
aquilo que lhe é falado sem exercer o direito da duvida?
Estes direito e virtude tem que
ser resgatados, agora e não no amanhã.
Retornando a mentira que afirma
que devemos nos ocupar do presente e futuro, abandonando o passado, necessito
lhes fazer algumas considerações para que possamos seguir adiante.
Vamos estabelecer duas convenções
para tornar mais fácil a compreensão das considerações abaixo.
- ENERGIA = Pensamentos,
Sentimentos, Emoções, Verbos e Atitudes
- FONTE = Consciência,
Personalidade, Ser Humano
CONSIDERAÇÕES :
1ª – Absolutamente tudo no
universo é energia;
2ª – Toda a energia depois de
criada não morre, o que pode acontecer com ela é ser transformada, transmutada;
3ª – Toda a energia gerada por uma
fonte estará para sempre ligada àquela fonte que a gerou;
4ª – A proximidade e a influência
que a energia gerada no passado exercera sobre a fonte esta na relação direta
da frequência vibratória manifestada pela fonte no agora, ou seja, se a fonte
voltar a vibrar na mesma qualidade da energia já anteriormente gerada, isto a
sintonizara novamente com a energia gerado no passado viabilizando desta forma
acesso mútuo;
5ª- Uma energia haverá sempre de
se sintonizar com energias similares que vibram no plano astral e que são
geradas por varias fontes e este fato tornara a energia potencializada, em
outros termos, mais forte;
6ª- Uma energia gerada por uma
fonte vai se instalar na aura desta fonte que a gerou, alimentando-se
energeticamente da mesma;
7ª- Quando uma pessoa (fonte)
sofre um trauma (energia) muito doloroso, são formadas manchas escuras no corpo
áurico daquela fonte;
8ª- Toda energia é assimilada na
forma de programação que fica armazenada em nosso subconsciente e inconsciente
e vai sendo incorporada em nossas células permanentes como uma nova
programação;
9ª- Células permanentes são
aquelas células que independente da morte de nosso corpo físico, elas mantém a
informação de quem somos e o que somos agregadas das novas informações que são
adicionadas pelas experiências que temos em cada uma de nossas vivências como
ser humano.
Compreendido o acima exposto,
retorno as mesmas perguntas:
A quem interessa a construção e a
sustentação desta MENTIRA? Sim, porque isto é uma MENTIRA.
Como pode ser afirmado por tantos,
que o passado e suas experiências devem ser literalmente abandonadas?
Como podem afirmar que somente o
presente e o futuro deve ser o ponto de atenção que o humano deve se centrar?
Como?
Que interesses ESCUSOS estão por
trás destas afirmações?
Quando passamos a entender que
tudo no universo é energia, e que a energia não morre, ela pode apenas ser
transformada, requalificada, fica muito difícil de aceitar a proposta de
esquecimento que é sugerida em canalizações, textos, métodos e outros.
Quando geramos uma energia mal
qualificada não nos resta alternativa se não cuidarmos dela e a curarmos
através do entendimento, aceitação, perdão e cura das freqüências nas quais ela
foi gerada. Somente a partir deste ponto é que podemos dizer que estamos livres
de determinada energia (trauma). Não podemos perder de foco a compreensão que a
energia que geramos nada mais é do que um determinado nível de consciência no
qual vibrávamos e estávamos imersos, totalmente envolvidos.
AS PERGUNTAS
Diante da extrema necessidade de
alcançar respostas, cada um deve se permitir pensar, discernir e construir em
um primeiro momento hipóteses que colaborem no equacionamento das dúvidas que
povoam sua mente e seu coração. Neste
processo não nos é dado o direito de agirmos exclusivamente com o coração,
temos e devemos nos servir de nossa mente racional para que sejam consistentes
as divagações que se seguirão aos questionamentos. O caminho é árduo, perigoso
e diria até insalubre, também teremos muitas desilusões devido a crenças que
detínhamos como verdades e as perceberemos a partir de um dado momento como
falsas e fruto da ilusão, mas isto é
a vida.
Só pode viver a vida quem tem
coragem para percorrer os caminhos da duvida, da incerteza e do próprio
abandono no qual em muitos momentos nos sentiremos, como se não houvesse
companhia fiel junto a nós.
Ficamos por aqui neste momento, e
em nosso próximo encontro estaremos nos defrontando com as perguntas que
necessitam de respostas, mas isto não significa que estarão totalmente
satisfeitas quando respondidas, apenas nos assegurarão a condição de seguirmos
adiante, onde outras e mais outras se colocarão em nosso caminho para testarem
nossa coragem e determinação na conquista de nossa tão sonhada LIBERDADE.
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