quinta-feira, 28 de agosto de 2014

OS TRILHOS DO TREM




Muitos acreditam que ser uma  “pessoa normal” é o caminho mais seguro para ser feliz e viver em segurança.
Mas o que é normal?
Onde esta o conceito que possa servir a todos no equacionamento deste significado?
Certamente, alguns podem apontar como possuir uma condição normal, seja aquele individuo que age na sociedade respeitando no desenvolvimento de sua vida, os princípios e condutas determinados por esta sociedade.
Mas, o certo é que cada um tem a sua própria compreensão do que seja definir alguém como sendo uma “pessoa normal”.
Talvez generalizando, posso aqui afirmar que ser normal, é fazer as coisas que precisam ser feitas e que não se incompatibilizem com os conceitos aceitos pela consciência da sociedade onde o individuo transita.



Ser normal, pode ser considerado aquele individuo que ao nascer é conduzido por um caminho onde os estudos, a cultura e a educação estejam concentrados dentro de condutas sociais regentes no ambiente no qual ele nasceu.
Ser normal, portanto, pode ser entendido como aquele que faz tudo certinho, não sai da linha, não desafina e não rompe com padrões. Em outras palavras, nasce, cresce, reproduz e morre, sempre dirigido  por pensamentos e atitudes ditos normais, e que estejam alinhados com o que a sociedade espera dele.



Sinceramente, isto para mim é repugnante, é estar morto em vida, é não ter coragem de ousar, de sair da linha do “trem”.
Isto é sinônimo de infelicidade, saber que você tem uma origem e que tem um destino, pois, o que os trilhos do “trem” podem lhe oferecer é tão somente esta certeza.
A paisagem do caminho, para quem anda nos trilhos, é totalmente inútil, totalmente  despercebida por aquele que se move engessado por conceitos e padrões que sinalizam o que ele é, e o que ele deve fazer em sua vida.



Você é normal?
Calma, não há aqui nenhuma intenção de censurar sua escolha, se você se enquadra no conceito de ser uma “pessoa normal”.
Se você é uma daquelas pessoas que assiste novelas, tele-jornais, programas como o “Faustão”, “Silvio Santos”, “Gugu” e outros similares, tudo bem, afinal, é uma escolha sua, sem problemas.



Se você é uma daquelas pessoas que eleição após eleição, vota em seu partido, afinal, é o seu partido, tudo bem, sem problemas, não ajudou em nada em sua vida, mas tudo bem, é o “seu” partido.



Se você é uma daquelas pessoas que se torna cega pela religiosidade que sustenta dentro de si, tudo bem, afinal a religião é sagrada, dizem alguns, embora Cristo não tenha vindo aqui na terra edificar nenhuma religião, mas, se tornou o “garoto propaganda” de todas elas, tudo bem, religião é religião.
Ah! se não fosse ela em sua vida, o que seria de você? Tudo bem.
Não é mesmo??? Tudo bem, vai la, reze.



Se você é uma daquelas pessoas que se deixa seduzir pelas aparências da vida social, do glamour, da fantasia, do brilho, tudo bem, afinal, você reluz diante dos flashes, e é isto que realmente conta na vida, não é mesmo?
 Fique tranqüilo (a), tudo bem.



Se você valoriza os bens materiais acima das qualidades das pessoas, tudo bem, poxa, você tem que realmente estar junto  a pessoas que sejam importantes, e que tenham uma ótima condição social, porque na realidade é isto que você acredita que conta na vida, não é mesmo?
Tudo bem continue assim, você vai longe.



Se você é uma daquelas pessoas que se apaixona por alguém, por este alguém ser lindo (a) fisicamente, mesmo que seu caráter, personalidade e moral sejam discutíveis, tudo bem, afinal, seus amigos vão morrer de inveja de você.
Tudo bem.



Se você é uma daquelas pessoas que continua vivendo um relacionamento (casamento, noivado, namoro, ficante, enrolado e outras denominações) que não lhe acrescenta mais nada em sua vida, mas é claro, você têm que manter as aparências, dependências, carências, mentiras, tudo bem, afinal de contas, você não esta sozinho (a), você tem alguém com você. Onde mesmo?
Desculpe-me, tudo bem, é sua escolha, um dia melhora, não é?



Se você é uma daquelas pessoas que critica, censura e faz fofoca da vida dos outros, certamente é porque a sua vida já esta resolvida, não é mesmo?
Desta forma, lhe sobra tempo e energia para “ajudar” aos outros com seus “comentários”.
Tudo bem, eu sei, você só quer ajudar.



Esquecia-me, mas lembrei a tempo.



Se você é uma daquelas pessoas que condena, a sensualidade como forma de expressão humana em poesias e manifestação individual, mas, a aceita, em novelas e filmes, tudo bem, afinal, principalmente as novelas, embora sejam muito instrutivos em como alguém pode se tornar uma prostituta (o), um assassino, um cafajeste ou uma pessoa malvada.
Tudo bem, afinal Roberto, isto é “arte”. Tudo bem me desculpem por minha ignorância.



Por fim, se você é uma daquelas pessoas que mostra uma faceta sua que não é real em você, mas isto lhe faz ser aceita nos ambientes pelos quais você transita, tudo bem, afinal de contas, o que vale são as aparências, não é mesmno?
Tudo bem.



No final das contas, isto tudo que esta, acima descrito, identifica o que em nosso mundo é uma pessoa normal.
Tudo bem para você?



Bem, acho então que ser normal para mim não me serve, prefiro ser conceituado como uma pessoa ANORMAL, fora desta realidade, fora destes condicionamentos e carências, fora desta irrealidade e mentira social.
Confesso, sou anormal, 1oo % fora destes padrões, condicionamentos e hipocrisias.
Também confesso que sou muito observador, falo com as pessoas, escrevo na troca de mensagens, as sinto, sempre buscando interpretar quem elas são.
E para todas as pessoas com as quais entro em contato, me permito sempre olhá-las pelo lado mais generoso, amoroso e percebê-las como seres com uma capacidade e necessidade grande de Amar.



Mas, sempre me deparo com a mesma pergunta.
Porque as pessoas não AMAM, porque é mais fácil permitir que o MEDO  de Amar seja mais forte que o próprio AMOR?
Por quê?
Tudo bem.
É uma escolha, assim como é uma escolha andar sobre os trilhos do trem, assim como é uma escolha ser normal ou anormal.
Tudo bem.



Posso lhe dar uma sugestão?
Não ou Sim?
Bem, lá vai ela.Experimente ser anormal, sério, experimente.
Saia dos trilhos, saia de sua programação normal, de seus condicionamentos, de suas carências.
Jogue tudo isto pelos ares, procure ser o que realmente você é.
Se as pessoas não aceitarem o seu novo comportamento e lhe criticam a partir dele, falando sério, vale a pena manter estas pessoas a sua volta quando elas não respeitam as suas decisões?
Não respeitam as suas escolhas?
Hummmmm...



Entenda definitivamente, o que se tornou normal nos nossos dias, nada mais é do que mover-se em vida por correntes geradas por esta sociedade que estabeleceu parâmetros e conceitos daquilo que interessa a ela, mas, em que momento ela ou você pararam para avaliar o rumo e a consequência que estes conceitos e parâmetros geraram para a humanidade e para você?



Será que não nos tornamos seres automatizados, robotizados e que respondemos aos impulsos que esta sociedade determina porque sempre estamos desatentos, ou seja, no controle remoto?
O normal dentro dos padrões sociais expressa engessamento de comportamentos e conceitos,  pelo outro lado, ser anormal, expressa liberdae de conceitos e ausência de padrões.




Ou você se submete ao primeiro, ou você flui de maneira livre pela vida, a escolha é sempre e somente SUA. 
Ou NÃO???

O MOMENTO DE NOSSAS VIDAS





Adotar diante da vida uma postura responsável e comprometida com o seu Eu, sempre é muito difícil para o Ser Humano. Desenvolvemos uma capacidade de renúncia e resistência em enxergar nossos males internos, que são sustentados por padrões mentais, emocionais e de comportamentos que em nada contribuem para o nosso aprimoramento como consciência. Mas, que mesmo assim, ainda é mais confortável sustentá-los em nós do que enfrentar a necessária cura de tais desequilíbrios em nossa personalidade. 


Chegamos a 2014, ultrapassamos barreiras como os portais dimensionais, e nos encaminhamos para o restante do ano. Este ano se iniciou e se desenvolve com a oferta de múltiplas possibilidades em circunstâncias pessoais e coletivas, que haverão de se materializar  nos caminhos de cada ser humano, na relação direta da qualidade das escolhas que sejam realizadas em suas vidas.


O comprometimento pessoal com a busca de um aprimoramento espiritual talvez seja o objetivo de muitos de nós, outros, diria a imensa maioria da Humanidade, ainda se permite permanecer sufocada por grilhões, e decidiram manter-se em estados letárgicos de uma consciência confusa e perturbada pela imposição exercida pelo externo sobre a identidade interna de cada um.


O passo a ser dado por cada um de nós é diretamente proporcional ao objetivo individual que elegemos como meta a ser alcançada em nossa atual existência, mas, que vem de longa data em nosso passado sendo construído para que neste momento, possamos exercer nossa escolha com absoluta independência e compromisso para conosco mesmo.
Muitas almas ainda não se sentem fortalecidas para tomar a decisão que lhes é presente em seus mais íntimos anseios, mas, que se tornam turvas em suas percepções externas. Isto acontece em decorrência do emaranhado de energias desequilibradas como o medo, a culpa, os prazeres da carne e as ilusões mentais e emocionais que se assentam em traumas, carências e dores geradas ao longo desta e de existências anteriores.


É de conhecimento comum que estamos sendo bombardeados diariamente com a emanação constante de freqüências de Luz Cristalina da 5º Dimensão provenientes de esferas superiores da consciência. Cada ser vivo sobre a Terra recebe estas freqüências indiscriminadamente, dotadas de uma mesma intensidade e qualidade que pode ser incorporada em todos os reinos da criação divina sem privilégios ou censuras.


Mas há um aspecto nestas emanações de Luz que necessita de uma maior compreensão por parte da humanidade e de cada individuo como célula pertencente ao reino Humano.


Embora como acima foi mencionada, a freqüência de Luz é igualmente distribuída por toda o planeta e todos a recebem indistintamente, no entanto, faz-se necessário a incorporação do seguinte entendimento.


Todos estão aptos a receber tais freqüências, pois todos somos filhos da Fonte Deus Pai/Mãe, desta forma, podemos entender que cada pessoa vivendo neste plano esta sendo beneficiada por estas frequências.


Qual entendimento deve então ser tornado consciente por todos nós?


O entendimento ao qual me refiro esta plasmado na condição energética distinta de cada pessoa. Em outras palavras, é a qualidade na qual cada pessoa vibra é que vai determinar o quanto esta pessoa estará recebendo desta frequência.
Portanto, estar vivo neste momento assegura apenas a condição inerente e necessária para ser beneficiado no recebimento desta energia, mas, o quanto desta energia vai ser assimilada e incorporada por cada pessoa esta sujeita a abertura vibracional que ela proporciona como recipiente na absorção e acomodação desta energia em seu Ser.


E o que vai det6erminar esta capacidade esta condicionada a relação direta da qualidade de sua consciência. A qualidade de uma consciência e expressa pela qualidade da frequência vibratória que seus pensamentos, sentimentos, emoções, verbos e atitudes a constituem.
Nesta compreensão fica muito evidente que uma consciência para estar apta a ser abundantemente irrigada com mais Luz, tem que manifestar equilíbrio e harmonia interna, estar ciente de sua existência como Ser movido e sustentado pelo Amor, e irradiar este Amor em suas manifestações pessoais e diante da sociedade na qual se encontra inserida.


Ser refém de medos, culpas, carências e outras formas de aprisionamentos não lhe concede a capacidade necessária para absorver o seu Pleno potencial diante desta frequência.


Desta maneira, cabe-nos uma decisão extremamente particular e fundamental, que se expressa cada vez mais presente em nossa vida, e que pode ser entendida como o ponto de reconexão  com o nosso Eu Divino.
Esta decisão é aquela em que o indivíduo permite-se olhar para dentro de si, em um processo de reconhecimento de si mesmo, sem a presença e a ilusão causada pelas máscaras que o ego construiu ao longo das suas existências, como personalidade encarnada no planeta.


Vejo com respeito, mas confesso também que com tristeza o quanto as pessoas se tornam fieis as suas dores, as suas ilusões, aos seus medos e a grande carência de suas vidas, a falta do Amor.


Algumas pessoas mais próximas a mim tentam me convencer de que tudo tem a sua hora, e que no momento certo haverão de se deparar com este exercício de autoconhecimento. Com este pensamento elas passam a promover constantes adiamentos, sustentados por ilusórias justificativas em que afirmam para si, que o momento não é chegado. Este comportamento que se registra comumente entre nós os próprios “buscadores”, também se torna muito perceptível e destacado  entre aqueles que ainda se mantêm presos a conceitos religiosos, e sustentam-se em crenças, onde um Deus salvador em algum momento virá e os resgatará desta vida de sacrifícios.


Mais uma doce ilusão sustentada pelo medo e o comodismo, gerados pela esperança de que alguém faça aquilo que ele próprio tem que realizar como tarefa pessoal.


Entendo que olhar para dentro de nós, e reconhecer o que somos, o que pensamos e quais as emoções e desejos que habitam em nosso intimo, não é muito confortável, mas asseguro-lhes que é FUNDAMENTAL. Neste exercício o individuo estará fazendo um trabalho de transmutação, verdadeira limpeza interna de tudo aquilo que não lhe acrescenta nada em sua vida.


Aqui, possivelmente encontramos duas energias muito fortes dentro de todos nós, e que podem comprometer este trabalho.
A primeira delas é a não Aceitação daquilo que percebemos em nós, pois sempre é mais fácil verificar os ditos erros ou más condutas no outro do que reconhecer  a ocorrência em nós.


A segunda energia é o Apego, muitas pessoas até conseguem reconhecer com fidelidade aquilo que percebem em si, e o que seja necessário abandonar ou qualificar, mas, o sentimento de apego naquela conduta, pensamento ou emoção é mais forte dentro delas e encontram imensa dificuldade em abandoná-las.


A resistência a estas percepções apenas consolida o estado de dependência e desequilíbrio.


O incognoscível cada vez mais se afasta de nossas vidas, na medida em que a cada novo dia, estamos recebendo freqüências de Luz de esferas nunca antes acessadas pelo Ser Humano, portanto, hoje podemos perceber aquilo que em nosso passado, estava muito camuflado por tantas camadas densas de nossa consciência.


Onde queremos chegar?
No que queremos nos transformar?
Que vida desejamos construir?
A escolha SEMPRE será sua, minha, nossa.
Abandone o comodismo, o medo e a dor, peça AJUDA.


Que a verdade, a humildade e a simplicidade encontradas nos olhos de sua criança interior,onde a pureza habita, sejam as motivações na construção verdadeira de um Ato de Amor por Você.

Reconheça-se, Ame-se.


Somos Todos Irmãos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ALONE WOLF



MEMORIES



FALANDO DE AMOR

(Amorosamente sugiro a leitura completa do texto).



Amar é uma qualidade em plena extinção, embora, facilmente seja possível observar a busca frenética na qual ela é desenvolvida por nossa civilização.
Claramente fica manifestado aqui, um explícito antagonismo, em razão das minhas primeiras palavras.
Vemos casais estabelecendo associações maritalmente assentadas em sentimentos que violam e burlam a essência desta energia.
Em realidade, creio que este acontecimento ocorra sem a declarada intenção de sua manifestação.
Este me parece muito mais um processo desencadeado em razão de uma conduta moral e ética desequilibrada, como consequência, das novas relações sociais com as quais a nossa sociedade liquida  experimenta. Cada vez mais desenvolvemos em nossa realidade concreta, um processo decrescente em termos de qualidade e valor dos conceitos humanos.



Em alguns momentos, fico divagando acerca de uma questão que me leva a hipóteses e teorias ainda carentes de maior substância em seu desenvolvimento.
A divagação a qual me refiro se relaciona diretamente com o amor, ou ainda, com a materialização deste amor nas relações hetero e homossexual.
A divagação é:
“Por que invariavelmente em uma relação amorosa, a relação sexual é o caminho premeditadamente aguardado pelos amantes?”
Esta questão me incomoda sob o ponto de vista espiritual. Pois, a ideia que se cria é a de que se não houver sexo não há amor.
Não se precipitem em suas conclusões em relação à enunciação desta questão.



Compreendo obviamente que vivemos em uma realidade material, e consequentemente, a relação física faz parte desta esfera de vida. Assim como também entendo, que ao humano, o contato físico parece ser a forma mais plena de demonstrar o amor.
Contudo, não lhes parece que a sexualidade se impôs ao amor, na medida em que vemos de maneira clara a exagerada valorização do prazer físico em uma relação, se sobrepondo este, ao sentimento que possa ser gerado nesta mesma relação?
Percebo que as pessoas confundem com muita facilidade “desejo” com “amor”, ou, “carência” com “amor’, ou ainda, “paixão” com “amor”.
E na ânsia de atender a estas demandas pessoais, se entregam a relacionamentos desequilibrados e castradores de uma verdadeira condição amorosa, em favor da satisfação de um prazer físico, ou, o atendimento a uma exigência emocional ou social.



O homem como espécie, necessita copular para gerar a vida, mas, a muito tempo perdemos a noção do valor deste ato e o relegamos a uma secundária condição.
O amor seria a razão para a geração da vida, mas, possuímos exemplos em larga escala em nossa sociedade do quanto a vida tem sido gerada, como um acidente em razão de gravidez indesejadas. Vemos o crescente descuido na prevenção deste acontecimento em relações sexuais ocasionais e deprimentes.
No reino animal, a copula acontece basicamente para a geração da vida, raras são as espécies que usam o sexo como instrumento do prazer como  nós o fazemos.



Neste momento, alguns podem estar pensando, “mas, nós não somos animais”, francamente, em muitos momentos seria um desrespeito aos animais estabelecermos esta comparação.
Agimos em muitas ocasiões como bestas humana, e bem distante de como agem os animais.
Enfim, esta é outra discussão e não me centrarei nela neste momento.



O que desejo trazer como reflexão, é exatamente o fato de que a vida moderna deu contornos surreais ao amor.
Tenho o entendimento de que é necessário o autoconhecimento e o conhecimento de seu parceiro como forma de florescer o amor.
Um sentimento não nasce simplesmente pelo olhar, pela fisionomia ou pelas posses materiais de um dos parceiros. Também não pode ser o resultado de nossas carências, traumas ou crenças adquiridas ao longo de nossa existência.
Desenvolver este sentimento requer mais do que a corrente superficialidade, com a qual as pessoas estão habituadas a se vincularem.



Igualmente nesta relação, somente pode haver enriquecimento quando há sintonia, igualdades, respeito, confiança, empatia, liberdade e admiração recíproca.
Qualquer atmosfera distante disto identifica-se com aqueles relacionamentos, que vemos repetirem-se ao longo de vidas e vidas, sem que preencham os vazios do coração e da alma. E invariavelmente tem nos induzido a erros primários no ato de amar.
Quantas vezes já ouvimos ou verbalizamos esta frase: “Ele (a) era muito diferente quando o (a) conheci”. Observação esta, gerada por consequência do momento presente (desequilibrado) em que se encontra a relaçao.
Quando enunciamos ou ouvimos esta frase, estamos em realidade, denunciando a precipitação com a qual se chegou a conclusão de que havia, amor na relação assumida.



Ouço de muitas outras pessoas a seguinte frase: “Este é o meu jeito de amar”. Desculpem-me os que falam esta frase, mas, não existem jeitos de amar, existe um único, amar amando.
O que parece óbvio é que sabemos muito pouco sobre o amor, e se sabemos pouco sobre o amor, igualmente é óbvio que não sabemos amar.
O amor não tem medidas, condições, formas, aspectos, ele apenas é. E para se amar uma pessoa e necessário em primeiro lugar você se amar. Se esta condição não se encontra atendida, não se iluda, você, não ama a quem  pensa estar amando, pois, o amor começa em nosso interior, ele não vem de fora para dentro.



Outro equivoco que ouço regularmente, “Ele (a) me completa”. Errado, ninguém completa a alguém, o que acontece, ou melhor, deveria acontecer, é a pessoa que se relaciona conosco, contribuir pata que o nosso melhor possa se fazer presente em nós e na relação que se possui. A presença dele ou dela tem de criar condições para que ambos se mostrem  de uma maneira mais completa, mais consciente, mais inteira, mais verdadeira e mais amorosa.
O amor em sua forma mais ampla traz o enriquecimento do ser, e este enriquecimento se manifesta por uma singularidade tão expressiva, que torna ao amante, um ser capaz de manifestar o seu eu interior tão abundantemente virtuoso, quanto virtuoso, se torna o seu parceiro no encontro com este mesmo amor.



Como não estamos preparados para viver isto, na medida em que desconhecemos esta realidade, nos lançamos de olhos vendados a aventuras amorosas  que se finalizam em pouco tempo, ou se estendem pela vida toda, trazendo apenas infelicidade e desilusões.
O amor não foi criado por Deus para que as pessoas mudem (mesmo porque Deus é o próprio amor, ele não o criou, ele É), o amor existe para que nos reconheçamos como seres amorosos. O Amor é a atmosfera divina que nos concede a capacidade de nos descobrir como almas. 



E a partir desta descoberta pessoal, viver juntamente com o seu parceiro (a), um contínuo movimento de expansão neste crescimento pessoal, acompanhado (a) por um parceiro (a), que igualmente experimenta este mesmo crescimento.
E na união destas singularidades, que cada um alcança o florescimento de suas mais elevadas virtudes, como almas que vivem se abastecendo contínua e mutuamente no amor que reside em si, e naquele que germina resultante da troca que se estabelece entre os amantes.



Mas hoje, o amor transformou-se em um grande negócio. Sim, é através do amor que vemos indústrias de cosméticos cada vez mais enriquecerem. A indústria do vestuário ditando o que devemos ou não usar, a indústria do corpo determinando o aspecto físico que é atraente ou não.
Talvez, possa não ser percebida a relação que estabeleço, mas, você já parou para pensar que todas estas indústrias acima identificadas, usam em suas propagandas o poder da conquista, da sedução e da beleza?
Para que?
Para que o homem e/ou a mulher conquistem o seu amor, ou estou enganado?



Com esta observação, o que eu quero deixar evidenciado, é o quanto perdemos a noção do amor e aceitamos as sugestões  devidamente articuladas por conglomerados econômicos. Estes conglomerados usam conscientemente em seu favor uma das mais carentes manifestações na vida do ser humano, o amor. Mas inteligentemente camuflam o amor, com ofertas outras que se tornam enganosas e nos iludem, mas, tem subliminarmente ao amor, como conquista em seu foco oculto e central nesta oferta ilusória.



Resgatar em nós a condição de movimentação      através e pelo amor, é uma tarefa que para muitos se torna cada vez mais distante.
Viver o amor traz enriquecimento e o florescimento do ser.
Não afirmo que não existam casais que experimentam esta realidade, assim como também não afirmo que as pessoas não querem viver esta atmosfera amorosa em suas vidas. Claro que compreendo esta busca como presente em cada um de nõa, mas, não posso deixar de observar e  registrar o descaminho que permitimos se apossar de nós.



Em algum momento perdemos a referência nesta busca, que não pode se expressar como uma conquista, uma vitória ou qualquer outra identificação similar a estas.
A única busca a qual me refiro, não se expressa por conceitos gerados no ego, a verdadeira busca concede-nos a sublimação de nossos aspectos desassociados  da vida e do amor.
Conduzindo-nos de maneira espontânea ao encontro em nós desta natureza tão suave e clara, límpida e profunda como o é a existência de Deus em cada um de nõs.



Em meu trabalho, tenho por vezes sido muito contundente em minhas opiniões, quando as expresso em relação a relacionamentos que são trazidos ao meu conhecimento.
Por percebê-los doentes e consumidos pelo medo e a dor, sugiro o mais breve rompimento desta relação em favor de ambos os parceiros.
Não posso conceber a sustentação de uma relação, onde o amor tenha a muito se tornado apenas uma tênue recordação, por mais singela e superficial que ela tenha se feito presente na vida das pessoas em questão.
Não posso em nome de circunstâncias materiais, físicas e sociais, incentivar a manutenção de uma relação que não esteja despertando o amor aos seus participantes.



Em todos estes esquecimentos aos quais nos entregamos em nossas vidas, este talvez seja o mais doloroso, o mais triste e o mais agressivo.
Perdermos a consciência do amor e a nossa real natureza amorosa, machuca a alma de uma maneira que somente pode ser compreendia em nível de alma, distante, portanto, da compreensão enquanto manifestamo-nos pelo ego.
Nós estamos aqui por uma única e simples razão, descobrir e permitir que o amor floresça em nós, uma semente que seja regada e acarinhada em cada dia de nossas vidas, para que desta forma, possamos permitir o seu florescer, e o abrir-se em pétalas sagradas de uma flor que nos tomará por completo  e nos transportará aos jardins do Deus que habita em nós.



Isto não é um sonho, uma ilusão, uma alucinação ou qualquer outra identificação menor do que estas.
Isto é um fato, uma realidade, é concreto e puro, e somente poderá ser alcançado quando aceitarmos esta verdade em nossos corações.
Não vim aqui para semear a ilusão, o que AFIRMO, é resultado de vidas que se misturam em uma existência que transcende a comum compreensão humana.
Infelizmente, ainda não estamos conscientes desta condição, mas, a vida somente tem um caminho a ser seguido, e este caminho, em cada passo, em cada respiração, em cada gesto e em cada palavra tem que ser escrito na atmosfera do Amor.



Eu os deixo aqui e agora, exatamente neste ponto, para que possam pensar nas palavras que aqui foram formadas e manifestadas, mas, há algo ainda a lhes dizer sobre o amor.
Será falado daquele amor que pulsa, que vibra e brilha dentro do coração e da consciência de cada um de vocês...   



Eu sou um em vocês.
Eu sou o amor no amor de vocês.
Eu sou aquilo que vocês são, o eterno amor no próprio amor.




FAÇO




FLORICULTURA PRIMAVERA





Em uma manhã de primavera Deborha, ocupava-se de suas rosas. Uma a uma eram igualmente acariciadas e cuidadosamente umedecidas.
Deborha, é uma mulher em seus 34 anos, cabelos loiros cacheados, pele clara, andar sereno, olhar de um azul profundo, extremamente observador, porém, dotado de uma doçura que a todos encantava.
Seu sorriso... Falar do sorriso de Deborha é ter a sensação de que a vida é simplesmente alegria e encantamento.



Talvez a alegria que Deborha detinha e que a todos envolvia, vinha exatamente de seu ambiente de trabalho. A tempos a floricultura “Primaveras”  tomava toda a atenção e os cuidados desta encantadora figura humana.
Mas Deborha, não é a única proprietária, ela tem uma sócia que se chama Patricia, linda morena, de poucos sorrisos e de humor instável, nunca se sabia de que maneira dever-se-ia aproximar dela, pois, ora era suave, ora ríspida e grosseira com funcionários e até mesmo com os clientes.
Deborha ao perceber esta instabilidade no humor de sua sócia, tomou para si as funções comercial e a de recursos humanos, deixando a Patrícia, o domínio sobre as áreas financeira e de compras da floricultura.
A relação que havia entre elas sempre foi muito equilibrada, independentemente do humor de Patricia, pois, a amizade que as unia foi construída ainda na infância das mesmas.



Naquela manhã Deborha percebeu o atraso de Patrícia, o que éra absolutamente incomum.
O normal sempre foi Patricia ser a primeira a chegar na floricultura, este atraso a preocupou, pois, percebia Patrícia mais silente nos últimos dias.
A manhã foi avançando nas horas, até que já passadas três horas Patricia chega, de óculos escuros, semblante fechado, passa por todos sem esboçar qualqur tipo de saudação.
Deborha apenas observa e continua seu trabalho, junto a duas senhoras indecisas, que se demoravam em escolher qual orquídea haveriam de comprar.
O dia prosseguiu, cada uma delas ocupada com os seus afazeres. No fechamento da floricultura, aproveitando-se de que estavam sozinhas, Deborha se aproxima de Patrícia e lhe diz:



- Querida que há com você hoje, chegou não falou com ninguém, manteve-se no escritório o dia inteiro, o que esta acontecendo com você?
Tentando disfarçar o desconforto da pergunta por Deborha dirigida a ela, Patrícia, esboça um tímido sorriso e responde-lhe em um tom de voz quase inaudível:
- Estou bem.
Deborha conhecendo a amiga desde os tempos de escola sabe que a resposta dada por Patrícia não condiz com a verdade.
Por esta razão sente-se bem a vontade para insistir em sua pergunta?
- Patrícia, eu a conheço desde o tempo em que engatinhávamos nossos primeiros passos, portanto, não adianta você tentar me enganar.
Patrícia se sente nu diante da amiga, pois o que  lhe foi dito é um fato do qual ela não pode negar, uma conhece a outra como se fossem irmãs. E sentindo-se a vontade diante desta amiga-irmã, Patrícia é tomada por lágrimas que vertem de seus olhos sem medidas ou constrangimentos.



Patrícia chora abraçada em Deborha por um longo tempo, até que aos poucos ela vai se acalmando, ante aos carinhos e os cuidados da amiga.
Cautelosamente Deborha, lhe pergunta mais uma vez:
- Pattrica, fale o que aconteceu, somente assim eu posso te ajudar?
Olhando aos olhos de Deborha, e já mais calma, Patrícia passa a descrever o que acontecerá com ela.
- Minha querida amiga, não sei mais o que fazer de minha vida, eu não posso perder o Paulo, ele disse-me que não me ama, que quer ir embora, como eu vou viver sem ele ao meu lado, como?



Em silêncio Deborha, continua a ouvir sua amiga.
- Temos dez anos de relacionamento, o que os meus amigos vão dizer de mim, o que a  minha família vai falar, eles vão certamente me culpar pela separação.
Eu já estou acostumada com ele, fizemos planos juntos, vivemos momentos tão belos e hoje não resta mais nada disto.
Paulo falta-me com o respeito, manda-me calar a boca até na frente dos amigos dele.
Censura-me em quase todas as minhas opiniões, até as roupas dele quem comprava ela eu, agora ele não quer mais que eu as compre.



Sinto-me uma inútil, parece que nada que faço tem valor, nada que eu faço esta certo.
Nem me procurar mais como mulher dele ele o faz, me diz que perdeu o desejo por mim, tenho dele apenas alguns momentos quando ele se embriaga e não tem noção do que esta fazendo, nestes momentos eu o tenho como meu marido, mas e depois, vem todo o desprezo, ele me diz que tem nojo de mim.
Mas eu o amo, entende Deborha, ele é o homem da minha vida, eu não sei viver sem o Paulo, o que vai ser de mim?



Continuando a descrever seu quadro, Patrícia segue falando sem dar oportunidade para ser interrompida por Deborha;
- Quando nos conhecemos ele era muito diferente, ele me mandava flores, dizia a toda hora que me amava, que queria ter filhos comigo, agora, ele diz que seria um pesadelo trer um filho comigo, seria uma tortura para a toda a vida.
A alguns dias quis fazer uma surpresa para ele, preparei um jantar para nós a luz de velas, quando ele chegou e olhou tudo o que eu preparei para nós, ele disse que tinha marcado um compromisso com os amigos, saiu e me deixou no chão chorando.
Entende Deborha, a minha vida é o Paulo, eu sem ele sou nada, não sei que rumo dar em minha vida, acho que eu morro sem o amor dele por mim.
O que você acha disto tudo que eu lhe falei, diz amiga, você vai me ajudar a reconquistar o Paulo?



De posse da doçura de sempre, Deborha se levanta apanha um copo com agua para Patrícia, e volta a sentar-se diante dela.
Lhe segura as mãos, olha-lhe nos olhos e suavemente começa a se fazer ouvir por Patrícia.
- Minha doce e querida amiga, há quanto tempo nos conhecemos?
Quantas coisas já vivemos juntas, quantas viagens, quanto mico já pagamos juntas, lembra?
Sempre fomos inseparáveis na escola, dividíamos as nossas tarefas, tínhamos praticamente duas mães e dois pais, isso sempre foi muito bom, você não acha?
- Sim. (responde Patrícia)
Deborha retoma a sua fala e argumenta a Patrica.
- Lembra-se dos nossos primeiros namorados, nós tínhamos medo de beijar na boca, acreditávamos que teríamos vergonha e que podia ser nojento, hahahahaha.
Neste momento as duas riem juntas, mas logo a seguir Deborha continua.
- Nossas experiências quase sempre foram compartilhadas, sempre fomos confidentes uma da outra, nossas brigas não duravam uma hora, pois, sempre arrumávamos uma desculpa para fazer as pazes.



Podemos até dizer que somos mais irmãs do que as nossas próprias irmãs de sangue podem ser de nós duas, e isso é uma verdade.
E quanto ao amor querida, por longo tempo ficamos sem namorados e quando uma conseguia um namorado, a outra imediatamente também o conseguia, parece que uma precisava do incentivo da outra para namorar, hahahah.
Novamente riram juntas.
- E o que falar do amor Patrícia, o amor quando nos toma, faz-nos voltar a ser crianças, não sentimos os pés no chão, parece que nada mais tem valor, e o que queremos é nunca sair dos braços de nosso amado. Tudo ganha cor, a vida se torna mais viva, mais alegre.



O amor é uma experiência maravilhosa, que enriquece a cada um de nós, nos ensina a crescer, nos ensina a somar, nos ensina a fortalecer as semelhanças, e é por elas que o amor cresce, somente por elas.
A esta altura Patrícia, já encontrava-se calam e atenta ao que sua amiga lhe dizia.
- Sabe Patrícia, aprendi que o amor é um estado de paz, respeito e compartilhamento de ideias, planos, vontades, desejos, escolhas.
É ao mesmo tempo em que um se permite estar no outro, o outro estará neste um, mas sem que o sentimento de posse possa ali se instalar, não que o apego possa ser a razão da proximidade e muito menos achar que o ciúme é uma forma de amor.



Não, o amor tem que ser leve, livre e respeitar ao outro e a si. O amor é como uma flor, igual as que temos em nossa floricultura.
Porque nossas clientes sempre falam que nossas flores são as mais belas da cidade? Elas dizem que nossas flores são lindas, porque são tratadas por nós com carinho, amor, zelo e concedemos atenção a elas, como se cada uma pudesse falar conosco.
Assim tem que ser o amor, ele tem que ser cuidado, tem que ser acolhido no coração e na alma. Ele tem que respirar ares de liberdade, falo da liberdade responsável, aquela que permite que a vida possa fluir por todas as vertentes da cumplicidade que o amor pode gerar. Quando se ama, não podemos amar com medo, com culpa, com condições. Estas aragens contaminam o amor e o enfraquecem até levarem-no a morte.



Não podemos igualmente nos prender ao passado para amar novamente, pois se assim o fizermos, não teremos paz em nosso presente, pois, sempre estaremos fazendo comparações com o que foi vivido, e o que se sucede com aquilo que vivemos agora. Um relacionamento sempe é diferente do outro, porque  o natural  é aprendermos cada vez mais a amar, e isto nos leva a uma qualidade melhor do amor.



Patrícia olha para Deborha como se nunca tivesse ouvido falar deste amor que lhe é descrito, mas segue apenas ouvindo a amiga, não ousa lhe interromper.
- Quando se ama Patrícia, temos que permitir sermos amados. Pode parecer contraditório o que eu te digo, mas creia, muitas vezes as pessoas querem apenas amar, outras vezes as pessoas querem apenas serem amadas, isto não é amor, podemos dar outros nomes a isto, mas não amor.



Um casal tem que ter respeito em sua relação, tem que ter atenção ao outro, ao que o outro faz, sente, pensa, deseja. Ao mesmo tempo um casal tem que saber que nem tudo que um deseja, sente, pensa ou faz tem que ser aprovado ou imposto ao outro. Uma relação também é feita de diferenças, mas estas diferenças têm que ser em pequena escala, ou seja, não podemos nos relacionar com alguém onde este alguém seja absolutamente o oposto do que sejamos, isto, nunca dará certo.



E não dará certo porque o tempo vai se encarregar em seu cotidiano de aumentar estas diferenças.  No inicio da relação podemos até nem percebe-lás, mas, com o passar do tempo elas passam a ser notadas, e com mais tempo a frente ainda, elas serão intransponíveis na harmonização da relação.
Por esta razão, as pessoas se separam com tanta facilidade, ou mantém uma relação doente por anos, sendo infelizes e desrespeitadas.



Patrícia aproveita um momento em que sua amiga faz uma pausa para uma respiração mais profunda e lhe pergunta:
- Então amiga, você acha que a minha relação tem cura?
Deborha faz-se silêncio antes de responder, mas logo retoma a sua oratória.
- Patrícia, você acha que a sua relação é prazerosa, lhe traz felicidade, lhe traz paz e há reciprocidade de sentimentos por parte do Paulo para você?
- Não. (Timidamente responde Patrícia)
- E você acha que o Paulo é feliz na relação de vocês?
- Também não. (Quase não deu para ouvi-lá)
- Então minha amiga, se nenhum de vocês dois é feliz, porque manter esta relação que já morreu?
Porque todo este seu sofrimento?



O que eu posso perceber daquilo que você me falou, é que você esta com medo de ficar sozinha, com medo do que as pessoas vão pensar de você. Parece-me que hoje, você esta querendo viver um amor que aconteceu lá no passado com o Paulo, mas que hoje já não existe mais.
Com este comportamento você não esta se respeitando como pessoa, se amando como pessoa, e nem permitindo ao Paulo e a você mesmo, a chance de serem felizes em novos caminhos que podem conceder as suas vidas.
Você tem que entender definitivamente, que o amor não aprisiona, o amor liberta, que o amor não é possuir, o amor é fluir, que o amor não é
paixão, o amor é apenas amor.


Deixe esta relação ir embora, deixe que vocês dois se curem dele, conceda-se liberdade, assim como ao Paulo igualmente seja ele livre.
Olhe para você minha querida, olhe para você com o valor que há em você.
Você não precisa ser feliz tendo que estar com alguém, você pode ser feliz estando com você mesma, porque o amor, ele não principia na união, ele principia em sua própria existência, a união com alguém apenas vai fazer com que o amor que há em você se eleve, e seja compartilhado com alguém que sinta o mesmo por si e por você.



Porque o nosso amor como amigas sempre foi consistente e forte?
Porque exatamente eu e você sempre nos permitimos ser livres e concedemos a outra liberdade, nós cultivamos este amor que se fortaleceu ano após ano, com respeito, cumplicidade, carinho, atenção e amor, muito amor que temos uma pela outra, assim como o amor que dispensamos as nossas flores.




Neste momento bem mais tranquila, Patrícia, ponderou ao longo daquilo que lhe era falado pela Deborha, e conseguiu ao final de sua conversa abrir um sorriso espontâneo e sem o peso de suas dores e de seus medos.
Mais tranquila Patrícia fala a Deborha:
- Sabe Deborha, a ouvi atentamente, e sei que você tem razão, quero ser feliz, assim como também desejo ao Paulo que ele seja feliz.



Por esta razão terei ao chegar em casa uma conversa com ele, e em acordo terminaremos a nossa relação em paz e com respeito.
Você me fez ver que eu estava errada, que eu perdi a ideia do que é amar, agora eu preciso recuperar isto em mim novamente.
Somente assim poderei um dia dizer verdadeiramente que amo alguém, pois consegui reconquistar o amor que eu tinha por mim, e poder dizer novamente que eu me amo.




Sorrindo Deborha abraça a sua amiga-irmã e lhe da um longo beijo em sua face, desejando-lhe paz e amor a cada instante de sua vida.
De mãos dadas as duas se retiram da floricultura  “Primaveras”, agora a floricultura esta mais perfumada e feliz do que jamais o fora.




Quando as rosas dos ventos soprarem em tua direção, atente para a flagrância dos amores que chegam a ti, apenas deixe-se envolver por esta atmosfera, se o amor é livre e verdadeiro.