segunda-feira, 4 de agosto de 2014

DIVAGAÇÕES II






As realidades que chegam a nós através da história estão em muito distorcidas da verdade.
O humano sempre usou de mentiras para promover notícias e realidades construídas com interesses controladores e desprezíveis.
A própria história do Brasil quanta mentira há nela.
Somos lamentavelmente uma civilização que ainda esta muito ligada umbilicalmente com a idade da pedra.
Embora a tecnologia tenha promovido um avanço significativo e inimaginável a poucos anos atrás, é fato, que a nossa consciência não acompanhou esta mesma evolução tecnológica.
Eu ouço e vejo pessoas em todos os níveis de comunicação social e pessoal, manifestarem intenções e pensamentos, e fico a me perguntar se estes pensamentos e intenções expressam o que há de verdadeiro no interior das mesmas.
E lamentavelmente em muitas observações, o que pode ser notado é uma ilusão ou uma maquiada falácia aquilo que é manifestado por estas pessoas em seus dizeres e ações.

O esforço que as hierarquias, principalmente a Fraternidade Branca, esta fazendo no sentido de tirar o homem deste baixo nível de vibração, não assegura mudança na realidade que percebemos em nossos lares e em nossas ruas.
Qualquer argumentação que possa ser construída no sentido de afirmar as possíveis mudanças para melhor na humanidade esbarram nos fatos, na realidade concreta que encontramos em nossa sociedade.
Como afirmei no texto “DIVAGAÇÕES” e que deu origem a este, não sou cético, mas igualmente não sou dado a ilusões.
Desta forma, percebo esta nossa sociedade em um momento muito crítico e sujeita a repetir erros fatais do passado.
Se não for possível mudar a sociedade como um todo, temos a imperiosa necessidade de mudar a nós como indivíduos.

Para isto, há de se promover discussões, debates, questionamentos, gerar dúvidas para que cada aspecto de nosso ser possa ser identificado e transformado se chegarmos a este entendimento, em razão das observações e conclusões, geradas em nossas analises pessoais.
Concomitantemente, devemos observar a vida como um aspecto de evolução e discernimento. Nesta busca, fatos e relatos do passado histórico e de acontecimentos de nosso presente, devem passar por uma severa análise, como forma de libertar nossa mente, de padrões obsoletos e de manipulações, para que a partir deste exercício, ascendamos ao plano da consciência em processo de despertar.
Quando me refiro em alguns textos, que o humano é ignorante, não tenho a intenção de agredir a ninguém, mas sim, tenho a objetiva e concreta intenção de causar impacto, para que as pessoas possam acordar de seus “sonhos cor de rosa”.
Estes sonhos embora possam lhes trazer comodidade e bem estar, são inegavelmente ilusórios e semeadores de estados mentais adormecidos.

Sei de muitas pessoas entre os meus amigos, que deveriam se preocupar em realizar algum processo de questionamento pessoal urgente, para sair destes estados, contudo, isto é um direito destes, em se manterem em estado letárgico por opção.
O problema é que a vida corre para frente, os dias se sucedem, as oportunidades vão ficando para trás, a vida em nossos dias é extremamente caótica na sucessão de eventos e informações que vão se sobrepondo umas as outras.
Este fluxo de acontecimentos retira do indivíduo a capacidade de se centrar em si mesmo, e nesta velocidade com a qual ele interage, ele perde a proposta e a vontade de olhar para si com olhos mais atentos, pois, a vida la fora é pródiga em desviar a sua atenção de si mesmo e transferir para a correria de seu cotidiano.
Questionamentos como os que foram desenvolvidos em “DIVAGAÇÕES”, são simples, pois, qualquer pessoa pode fazê-los, basta colocar atenção naquilo em que esta observando.

Porém, existem realidades cuja observação não é tão simples de serem analisadas, requerem mais atenção e cuidado por parte do observador.
È necessário e fundamental que possamos gerar entendimento, que a vida como nós a conhecemos, ou seja, esta mesma vida, que desenvolvemos todos os dias desde os momentos em que acordamos até o momento em que nos recolhemos para o nosso descanso noturno, é uma ilusão.
O real vem nos visitar a noite enquanto estamos dormindo, e também é revestido de todas as informações que contraímos ao longo de um dia. Mesmo aquelas que ficam registradas apenas em nosso inconsciente. Estas nos expõem a realidades no plano astral, cujas vivências são muito mais contundentes do que aquelas que vivemos em estado desperto no dia a dia.

Quando uso a denominação “despertar”, quero dizer, acordar para perceber a ilusão desta realidade material, e acordar para o real da realidade espiritual, ou seja, aquela que você vive somente com o seu corpo espiritual quando dorme, ou na morte física.
Explicando, o real é a verdade irrefutável, já a realidade pode não ser real na medida em que possa ser consequência de manipulação e ilusão.
As ilusões desta realidade material são muito mais profundas do que possamos imaginar. Sugiro que assistam a trilogia do filme “Matrix”, nele pode ser observado alguns, insight que colaborem para que você desperte de seu pesadelo (a vida como ela é).
Neste nosso processo de crescimento, podemos e devemos inclusive questionar ao próprio Deus, pelo menos eu o faço.
Ao fazer não significa que eu não acredite em Deus ou não o ame, mas nesta busca questionadora, na realidade eu estou querendo é conhecer ao Deus que vive em mim, e isto, é o meu direito e meu compromisso para comigo mesmo e para com o universo do que eu sou.

Sei que Deus vive em mim e no outro, isto é um fato, mas, que qualidades deste Deus eu estou privilegiando e quais eu estou repudiando?
Alguém já se perguntou sobre esta questão?
Somos seres muito pequenos enquanto ainda estivermos revestidos de nosso ego dominador. Quando começarmos a dominá-lo, daremos o primeiro passo em direção a consciência que começa a permitir-se mudar. Mudar para um nível acima, mais alto, para que de lá, possamos olhar com mais amplitude sobre nossos comportamentos e nossas ações. Mas, enquanto ainda estivermos no nível do ego, nossa visão é turva e limitada em qualidade e essência.

Acredito que a maior virtude que há no humano é o Amor, embora, saiba que Amor é o que menos nós praticamos e o quanto pouco conhecemos. Contudo, há em nós uma segunda virtude que considero fundamental, e quase que no mesmo nível do Amor, é a capacidade que temos de promover “Mudanças”.
O ser que não Muda, mão se transforma, não se renova, não abandona conceitos e padrões, em minha opinião ele NÃO VIVE.
Existem pessoas que nascem com um comportamento e desenvolvem alguns conceitos, mas, caminham até as suas, morte com estes mesmos comportamentos e conceitos, triste isto, mas, é um direito deste (s).

Nada, absolutamente nada, esta isento de ser questionado, criticado, abandonado, transformado, qualificado e recriado.
E mesmo as mudanças que você possa fazer em sua vida em um dado momento, são temporárias, elas precisarão em algum momento serem novamente abandonadas em favor de outras mais enriquecedoras.
Somente desta forma há crescimento, evolução.
Vença seus medos, peça ajuda, ninguém é dono da verdade, mas, mesmo um conceito errado que possa ser trazido a você por outro alguém (como eu por exemplo), é suficiente e possível lhe fazer pensar e proporcionar a você, um entendimento mais enriquecido e ampliado sobre algum comportamento ou tema.

Eu ainda estou por aqui, se entender que posso lhe ajudar, basta me chamar.   
Mas é fundamental que comeces a questionar. Lembra-se do tempo de criança?
Naqueles tempos éramos só perguntas, queríamos saber de tudo, porém, nossos pais nos castraram neste comportamento, e o tempo se encarregou de fazer com que perdêssemos este contato com a nossa veia questionadora.
Por esta razão, com relação aos seus filhos, não os censurem se eles perguntam demais, se você não souber a resposta, diga a eles que você vai pensar e responder a seguir, mas, responda.
Veja no que você se transformou e responda, você deseja o mesmo a eles?
Algumas pessoas (muitas eu acho, risos) me acusam de ser demasiadamente direto e contundente (vou confessar só para vocês, elas têm razão, risos), porém, acredito que não temos tempo para meias palavras, meias ações, chega disto, vivemos por séculos desta maneira e qual foi o resultado?
Ainda estamos aqui, sem saber amar, retirando a vida uns dos outros, já não basta?



Roberto Velasco.

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