CRIAR REALIDADES
Nossos projetos de vida são
construídos de maneira muito pouco dirigida e carente de um planejamento
estratégico, que nos conduza através das necessárias etapas a serem
desenvolvidas até a conclusão do mesmo sem desvios ou fracassos em sua busca.
Determinamos um objetivo, mas, não
organizamo-nos para que este objetivo possa ser alcançado com o menor esforço
possível e constituído da qualidade necessária. É comum observarmos que as
nossas vidas saem do rumo que idealizamos, é igualmente comum observarmos que
tropeçamos com muita frequência em circunstâncias que poderiam ter sido
evitadas, mas, que devido a nossa desatenção e desorganização, somos forçados a
experimentar estes tropeços em nossas vidas.
Há uma corrente de pensamento que
entende que somos seres co-criadores e que esta condição nos é possível ser
desenvolvida em razão de nossa origem divina.
Sem dúvida que este pensamento é
extremamente acolhedor e atraente, contudo, sera que em sua vida neste momento
você acredita estar sendo beneficiado por esta virtude criadora?
Possivelmente não, como você e todos
nós desejaríamos, pois, o mundo que criamos não é exatamente aquele que em
nossos sonhos podemos idealizar.
Se, através deste pensamento, podemos
gerar a ideia da criação ser uma virtude em nós, e ao olharmos para a nossa
realidade individual e coletiva perceber que não estamos vivendo o que
desejamos viver, é clara a percepção de que ha sob este aspecto um problema a
ser resolvido.
Na medida em que aceitamos a nossa
capacidade criadora como algo natural em nós, estamos movendo em direção ao
universo a mensagem de que somos capazes de gerar realidades, e que aceitamos
esta condição e a desejamos manifestar em nossas vidas.
Parece evidente que este processo
ocorre de maneira espontânea e o manifestamos sem que determinemo-nos a exercer
este atributo, pois, invariavelmente somos exageradamente desatentos e
irresponsáveis com aquilo que pensamos e desejamos. Consequentemente não
possuímos clara consciencia desta capacidade.
Em decorrência desta falta de atenção
e decisão consciente, geramos em nossas vidas toda a forma de desequilíbrios e
desarmonias.
Pois, ao produzirmos pensamentos
carregados de emoções que se sintonizem as qualidades do pensamento gerado,
elas estão dando o combustível necessário aos nossos pensamentos criadores sem
que conscientemente tenhamos a lucidez para assim o perceber.
È importante ter consciência de que o
pensamento e a emoção possuem entre si uma relação muito sensível, e um necessita
da outra para que ocorra a manifestação no plano físico como resultado da
capacidade criadora.
Portanto, fica evidente que
intencionalmente ou não, estamos sempre criando realidades, seja em que plano
estas realidades possam ser idealizadas e realizadas.
O plano mental, emocional, energético
e material são indiscutivelmente afetados por nossas qualidades criadoras.
Quantos pensamentos geramos ao longo
de um dia?
Quantas emoções são geradas por cada
um de nós?
Aproximadamente supõem-se qe o ser
humano seja capaz de gerar 70.000 pensamentos por dia, este é sem dúvida um número
alarmante.
Porque alarmante?
Exatamente por que este número
denuncia o quanto estamos incapacitados de registrar conscientemente o que
habita em nossa mente e consequentemente a qualidade destes pensamentos e as
decorrentes emoções a eles ligadas.
Urge que passemos a observar com mais
critérios e atenção a qualidade dos pensamentos que povoam nossa mente.
Criar um pensamento seja qual for ele,
torna-nos responsáveis pela sua vida e a influência que este pensamento vai
gerar em nossas vidas e na vida do outro. Ninguém pode se eximir desta
responsabilidade, ela é inerente a capacidade de gerar pensamentos.
É difícil aquilatarmos a extensão das
consequências de nossos atos, quando sequer podemos previamente mensurar a
qualidade de nossos pensamentos.
O homem orgulha-se de seus avanços
tecnológicos em todas as áreas da manifestação humana, contudo, este mesmo
homem é um incipiente no que se refere ao domínio de si mesmo, de seus
pensamentos e de suas ações.
Se você deseja uma vida mais
harmoniosa, comece criando um censor que possa estabelecer juízo de valor sobre
aquilo com o qual você entra em contato.
Refiro-me ao desenvolvimento de um
censo critico sustentado por valores virtuosos que possam estabelecer com a
máxima sensibilidade aquilo que realmente pode acrescentar algo em sua vida ou
não.
A partir do estabelecimento deste
censo, você se capacita a começar a decidir por si, aquilo que fara parte de
seu plano mental, sejam em pensamentos ou imagens que expressem realidades com
as quais você interagiu ao longo de seu diam ou deseja vivênciar.
A seleção de tudo aquilo que pode
interferir e influenciar negativamente o seu pensamento, deve ser devidamente
afastado de seu cotidiano. Exemplifico esta necessária seleção como a leitura
de jornais, a audiência que você concede a programas de televisão, telejornais,
novelas, filmes, internet e tudo o que faz parte de seu dia.
Participam neste mesmo contexto, as
suas amizades, relacionamentos e profissão.
Em realidade, você necessita passar um
filtro extremamente identificado com as suas intenções de renovação e seleção
de pensamentos qualificados e que lhe sejam enriquecedores.
Na continuidade deste texto haveremos
de nos ocupar mais intimamente da relação pensamento/emoção.
Mas, como prática comum em minhas
manifestações, deixo-lhes uma pergunta inquietante.
“Se Deus nos ama como somos, e ele
sabe muito mais de nós do que nós mesmos sabemos, porque então nós não
conseguimos nos amar na mesma medida de Deus?”
Roberto Velasco.
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